sábado, 13 de julho de 2013

EXU




Exu é o orixa da comunicação. É o guardião das aldeias, cidades, casas e do axe., das coisas que são feitas
 do comportamento humano. A palavra Èșù em yorubá significa “esfera” e, na verdade, Exu é o orixá do movimento.
Ele é quem deve receber as oferendas em primeiro lugar a fim de assegurar que tudo corra bem e de garantir que sua função de mensageiro entre o Orum e o Aiye, o mundo material e o mundo espiritual, seja plenamente realizada.
Na Africa na época das colonizações, o Exu foi sincretizado erroneamente com o diabo cristao pelos colonizadores, devido ao seu estilo irreverente, brincalhão e a forma como é representado no culto africano .
Por ser provocador, indecente, astucioso e sensual, é comumente confundido com a figura de Satanas, o que é um equívoco de acordo com a construção teologica yoruba, posto que não está em oposição a Deus, muito menos é considerado uma personificação do mal. Mesmo porque nesta religião não existem diabos ou entidades encarregadas única e exclusivamente de coisas ruins como fazem as religioes crista. Estas pregam que tudo o que acontece de errado é culpa de um único ser que foi expulso; pelo contrário, na mitologia yoruba  bem como no candomble, cada uma das entidades (Orixas) tem sua porção positiva e negativa assim como o próprio ser humano.
De caráter irascível, ele se satisfaz em provocar disputas e calamidades àquelas pessoas que estão em falta com ele.
No entanto, como tudo no universo possui de um modo geral dois lados,positivo e negativo, Exu também funciona de forma positiva quando é bem tratado. Daí ser Exu considerado o mais humano dos orixás, pois o seu caráter lembra o do ser humano que é de um modo geral muito mutante em suas ações e atitudes.
Conta-se naNigeria que Exu teria sido um dos companheiros deOdudua quando da sua chegada a Ife e chamava-se Èsù Obasin. Mais tarde, tornou-se um dos assistentes de Orumila e ainda Rei deKetu, sob o nome de Èsù Alákétú.
A palavra elegbara significa “aquele que é possuidor do poder (agbará)” e está ligado à figura de Exu.
Um dos cargos de Exu na Nigéria, mais precisamente em Oyo, é denominado Èsù Àkeró ou Àkesán, que significa "chefe de uma missão", pois este cargo tem como objetivo supervisionar as atividades do mercado do rei.
Exu praticamente não possui ewós ou quizilas. Aceita quase tudo que lhe oferecem.
Os yorubás cultuam Exu em um pedaço de pedra porosa chamadaYangi, ou fazem um montículo grotescamente modelado na forma humana com olhos, nariz e boca feita de búzios. Ou ainda representam Exu em uma estatueta enfeitada com fileiras de búzios tendo em suas mãos pequeninas cabaças onde ele, Exu, carrega diversos pós de elementais da terra usados de forma bem precisa em seus trabalhos.
Exu tem a capacidade de ser o mais sutil e astuto de todos os orixás. E quando as pessoas estão em falta com ele, simplesmente provoca mal entendidos e discussões entre elas e prepara-lhes inúmeras armadilhas. Diz um oriki que: “Exu é capaz de carregar o óleo que comprou no mercado numa simples peneira sem que este óleo se derrame”.
E assim é Exu, o orixá que faz o erro virar acerto e o acerto virar erro.
Èsù Alákétú possui essa denominação quando Exu, por meio de uma artimanha, conseguiu ser o rei da região, tornando-se um dos reis de Ketu. Sendo que as comunidades dessa nação no Brasil o reverenciam também com este nome.

Todos os assentamentos de Exu possuem elementos ligados às suas atividades. Atividades múltiplas que o fazem estar em todos os lugares: a terra, pó, a poeira vinda dos lugares onde ele atuará. Ali estão depositados como elemento de força diante dos pedidos.


As qualidades de Exú aqui relacionados, dizem respeito ao Orixá Exú do Candomblé, não tendo relação com os Exús da Quimbanda.
Agba: O ancestral, epíteto referente à sua antiguidade
Agbo: O guardião do sistema divinatório de Orunmilá
Ajonan: Tinha o seu culto forte na antiga região Ijexá
Akesan: Quando exerce domínio sobre os comércios. Acompanha 
Oxumaré
Alàfìá: O senhor da satisfação pessoal
Alaketu: Cultuado na cidade de Ketu onde foi o primeiro senhor. 
Acompanha Oxóssi
Álè: Acompanha Omolú
Aríjídì: Acompanha Oxum
Asanà: Acompanha Oxum
Bárà: O senhor do corpo
Elebo: O senhor das oferendas
Eledu: Estabelece o seu poder sobre as cinzas, carvão e tudo que for 
petrificado
Elegbárà: O senhor do poder mágico
Eleru: Transportador dos carregos rituais onde possui total domínio
Enugbarijo: Nessa forma Exú passa a falar em nome de todos os Orixás
Gogó: É o responsável pela recompensa divina a todos os atos dos seres 
humanos (e também dos seres espirituais)
Igbaketa: O terceiro elemento. Faz alusão aos domínios do Orixá e 
ao sistema divinatório
Igbárábò: Acompanha Iemanjá e Xangô
Ijedé: Acompanha Logun
Íjenà: Acompanha Ewá
Ikoto: Faz referência ao elemento Ikoto que é usado nos assentamentos. 
Esse objeto lembra o movimento que Exú faz quando se move como um 
furacão
Ina: Quando é invocado na cerimônia do Ipadê, regulamentando o ritual
Jelu: Nessa fase ele regula o crescimento dos seres diferenciados
Jeresú: Acompanha Obaluaiye
L’Okè: Acompanha Obá
Lajìkí: Acompanha Ogum e Oyá. Cuida das porteiras
Lálú: Acompanha Odé, Ogum e Oxalá
Langìrí: Acompanha Osogiyan
Lodo: Senhor dos rios, função delicada, dado a conflitos de elementos
Loko: Como ele é assexuado nessa fase, tende ao masculino 
simbolizando virilidade e procriação
Lonan: O senhor dos caminhos. Acompanha Oxum, Oyá e Ogum, 
responsável pela porteira do Ketu
Oba Babá Exú: o rei pai de todos os Exús
Oba Iangui: O primeiro, que foi dividido em várias partes, segundo 
seus mitos
Odara: Aquele que guia (mostra o caminho, vai à frente). Fase benéfica 
quando ele não está transitando caoticamente. Senhor da felicidade, 
ligado a Orixalá
Oduso: Quando faz a função de guardião do jogo de búzios
Oguiri Oko: Ligado aos caçadores e ao culto de Orunmilá-Ifá
Ojise: O mensageiro divino
Okòtò: O exú do carocol, o infinito
Olobe: Domina a faca e objetos de corte. É comum assenta-lo para 
pessoas que possuem posto de Asogun
Opin: É o Exu que deve ser evocado sempre que queremos estabelecer 
um local como sagrado
Òrò: Acompanha Odé e Logun. É o responsável pela transmissão do 
poder através da fala
Sìjídì: Acompanha Omolú e Nanã
Tirirí: Acompanha Ogum
Tòkí: Acompanha Oyá e vários Orixás
Tòpá/Eruè: Acompanha Ossanhe
Wara: O que controla os relacionamentos interpessoais
Woro: Vem da cidade do mesmo nome
Yangui: É a sua múltipla forma mais importante e que lhe confere a 
qualidade de Imolê ou divindade nos ritos da criação. Exú ligado a 
antigas e grandes sacerdotizas de Oxum

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