Cores: Branco, Verde (ou Cinza)
Símbolo: tronco
Domínios: Ancestralidade
Saudação: Iroko Issó! Eró!Iroko Kissilé.
Iroko é um Orixá muito antigo. Iroko foi à
primeira árvore plantada e pela qual todos os restantes Orixás desceram à
Terra. Iroko é a própria representação da dimensão Tempo. Iroko é o
comandante de todas as árvores sagradas, o vanguardeiro, os demais Osa
Iggi devem-lhe obediência porque só ele é Iggi Olórun, a árvore do
Senhor do Céu.
Iroko, Iroco ou Roko (do iorubá Íròkò) é um orixá
cultuado no candomblé do Brasil pela nação Ketu e, como Loko, pela nação
Jeje. Corresponde ao Inquice Tempo na nação Angola ou Congo.
Em todas as reuniões dos Orixás está sempre
presente Iroko, calado num canto, anotando todas as decisões que
implicam directamente na sua acção eterna. É um Orixá pouco conhecido
dos seres vivos ou mortos, nascidos ou por nascer. Toda a criação está
nos seus desígnios.
É o Orixá Iroko, implacável e inexorável, que governa o Tempo e o Espaço, que acompanha, e cobra, o cumprimento do Karma de cada um de nós, determinando o início e o fim de tudo.
É o Orixá Iroko, implacável e inexorável, que governa o Tempo e o Espaço, que acompanha, e cobra, o cumprimento do Karma de cada um de nós, determinando o início e o fim de tudo.
Conhecido e respeitado na Mesopotâmia e Babilónia
como Enki, o Leão Alado, que acompanha todos os seres do nascimento ao
infinito; cultuado no Egipto como Anúbis, o deus Chacal que determina a
caminhada infinita dos seres desde o nascimento até atravessar o Vale da
Morte. Também venerado como Teotihacan entre os Incas e Viracocha entre
os Maias como o Senhor do Início e do Fim; também presente no Panteão
Grego e Romano, onde era conhecido e respeitado como Cronus, o Senhor do
Tempo e do Espaço, que abriga e conduz a todos inexoravelmente ao
caminho da Eternidade.
É o Tempo também das mudanças climáticas, as
variações do tempo-clima. Guardião das florestas centenárias é o
colectivo das árvores grandiosas, guardião da ancestralidade.
Em África, a sua morada é a árvore iroko, Milicia
excelsa (antes classificada como Chlorophora excelsa), chamada “amoreira
africana” na África de língua portuguesa. É uma árvore majestosa,
encontrada da Serra Leoa à Tanzânia, que atinge 45 metros de altura e
até 2,7 metros de diâmetro.
No Brasil, onde essa árvore não existe, diz-se que
Iroko habita a gameleira branca, Ficus gomelleira ou Ficus doliaria
(também chamada figueira-branca, guapoí, ibapoí, figueira-brava e
gameleira-branca-de-purga). Nos terreiros, costuma-se manter uma dessas
árvores como morada de Iroko, assinalada por um “ojá” (laço de pano
branco) ao seu redor.
Iroko representa a ancestralidade, os nossos
antepassados, pais, avós, bisavós, etc., representa também o seio da
natureza, a morada dos Orixás.
Desrespeitar Iroko (a grande e suntuosa árvore) é o mesmo que desrespeitar a sua dinastia, os seus avós, o seu sangue… Iroko representa a história do Ilê (casa), assim como do seu povo… protegendo-o sempre das tempestades.
Desrespeitar Iroko (a grande e suntuosa árvore) é o mesmo que desrespeitar a sua dinastia, os seus avós, o seu sangue… Iroko representa a história do Ilê (casa), assim como do seu povo… protegendo-o sempre das tempestades.
Ao contrário da maioria dos orixás, este não
costuma “baixar” nas festas de santo. É reverenciado por meio de
oferendas à árvore que o representa. Os animais a ele consagrados são a
tartaruga e o papagaio.
Iroko é um Orixá pouco cultuado tanto no Brasil
como em Portugal, e os seus filhos também são muito raros. Os seus
filhos, no entanto, são sempre muito protegidos pelo seu Orixá.
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