quarta-feira, 19 de junho de 2013

YEMANJA



YEMANJA












Podemos dizer muitas coisas a respeito deste Orixá, mas tudo se resumiria em dizer: Orixá Mãe!. Iemanjá é conhecidíssima, respeitada e amada. É reverenciada por outros nomes tais como: Mãe d´água, Janaína, Iara, Sereia, Princesa do Mar, Marabô, Inaê, Mucunã, Rainha do Mar, Rainha das Águas, entre tantos outros.
É uma divindade muito popular no Brasil e em Cuba. Seu AXÉ é assentado sobre pedras marinhas e conchas, guardadas em alguidar enfeitados com ileke (colares) e lenços de suas cores. Podem ainda ser colocadas numa porcelana azul. Sete são as pedras que servem de base ao assentamento de Yemanjá. Cada pedra é um “fundamento”, a morada de um Orixá, e é acompanhada por outras em número correspondente à marca ou cifra que simboliza a divindade.
Os atributos (“ferramentas”) de Iemanjá são elaborados em prata, aço, latão ou chumbo, e são os seguintes: SOL , LUA CHEIA , UMA ÂNCORA , UM SALVA-VIDAS , UMA CANOA OU UM BARCO , SETE RAMOS  SETE AROS DE PRATA , UMA CHAVE e UMA ESTRELA,





São ADORNOS EMBLEMÁTICOS desta Deusa, miniaturas de: Patos, peixes, redes, estrelas, cavalos marinhos, conchas, e tudo quanto as entranhas do mar criam.
Do seu ENXOVAL constam “marugas – acherá ou chaichá (espécie de maracá), sinetas (agogô), lenços, leques (são redondos e bordados com búzios e contas) e iruquerés (tipo espanta-moscas, conhecidos como “rabos”) enfeitados com contas azuis e brancas.
Yemanjá têm seus animais e pratos preferidos, mas todos os seus filhos devem conhecer aqueles de que todos os Orixás mais gostam e constituem seu “cardápio ritual”, pois estão obrigados a fazer oferendas a todos eles. “Um Santo não consente que, quando se dá de comer a ele, os demais não comam e, por cortesia, o Orixá principal da pessoa a quem se oferece uma comida é o último a quem se sacrifica e o último que come”. A Ela fazem-se oferendas de carneiro, pato e pratos preparados à base de milho branco, azeite, sal e cebola.
O sábado é o dia da semana que lhe é consagrado, juntamente com outras divindades femininas. Seus adeptos usam colares de contas de vidro transparentes e vestem-se, de preferência, de azul-claro e branco.





São sete as “qualidades” (caminhos) de Iemanjá:
1. Iemanjá AWOYÓ:
A primogênita. A mais velha das Yemanjás e dos mais ricos trajes; usa sete saias para guerrear e defender seus filhos. Ela vive distante no mar e repousa na lagoa; come carneiro e, quando sai a passeio, usa as jóias de Olokum e coroa-se com Oxumarê, o arco-íris.
2. Iemanjá OKETÉ (OGUTÉ, OKUTÍ ou KUBINI)

  1. É a guardiã de Olokum. A do azul pálido (claro), está nos arrecifes da costa (porteira de Olokum). Encontra-se tanto no mar, no rio, na laguna, quanto na mata. Iemanjá, nesta qualidade, é mulher do deus da guerra e dos ferros, OGUM. Come (recebe sacrifícios) em sua companhia e os aceita tanto no mar quanto no matagal. Quando guerreia leva pendentes da cintura o facão e as demais ferramentas de Ogum. Ela trabalha muito, é severa, rancorosa e violenta. É uma temível amazona.

3. Iemanjá MAYALEO ou MAYELEWO:
Mora nos bosques, em um pequeno poço ou manancial, que sua presença torna inesgotável. Nesse caminho, assemelha-se à sua irmã Oxum Ikolé, porque é feiticeira. Tem estreitas ligações com Ogum. Tímida e reservada, incomoda-se quando se toca o rosto de sua iaô e retira-se da festa.
4. Iemanjá AYABÁ ou ACHABÁ
Nesta qualidade, Iemanjá é perigosíssima, sábia e muito voluntariosa. Usa no tornozelo uma corrente de prata. Seu olhar é irresistível e seu ar é altaneiro. Foi mulher de Oromilá, e Ifá sempre acata sua palavra. Para ouvir seus fiéis costuma ficar de costas. Suas amarrações jamais podem ser desatadas.
5. Iemanjá KONLÉ ou KONLÁ:
A da espuma. Está na ressaca da maré; enreda e envolta em um mato de algas e limo. Por ser navegante, vive nas hélices dos barcos.
6. Iemanjá AKUARA:
A das duas águas – Yemanjá na confluência de um rio. Ali encontra-se com sua irmã Oxum. Mora na água doce, gosta de dançar, é alegre e muito correta; Não pratica malefícios. Cuida dos doentes, prepara remédios, amarra abicus.
7. Iemanjá ASESU:
É a mensageira de Olokum, a da água turva, suja. Muito séria e trabalhadora.; vai no esgoto, nas latrinas e cloacas. Recebe suas oferendas na companhia dos mortos. É muito lenta em atender seus fiéis, pois conta meticulosamente as penas do pato a ela sacrificado, e caso se engane na conta, começa de novo e essa operação se prolonga indefinidamente.
A Linha de Iemanjá, também chamada de linha do POVO DO MAR ou POVO D’ÁGUA, se apresentam na Umbanda na forma de caboclas; gostam de trabalhar com água do mar ou água com sal grosso, Perfumes e espelhos (elementos que também servem para uma oferenda para as entidades no nível de protetoras e não no nível de guias e orixás). Fazem uso da mecânica de incorporação emitindo sons que são verdadeiros mantras que são confundidos por lamentos devido a associação do canto das sereias. Nada impede que médiuns homens trabalhem com essas entidades pois todos tem o equilíbrio dentro de si.








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