sábado, 28 de setembro de 2013

BORI




União da palavra Bó, que em Ioruba significa oferenda, com Ori, que quer dizer cabeça, surge o termo Bori, que literalmente traduzido significa “ Oferenda à Cabeça”
´


ICOCO ORI – A NUCA
OPA OTUM – O LADO DIREITO
OPA OSSI – O LADO ESQUERDO


O Bori prepara a cabeça para que o Orixá se possa manifestar plenamente. Entre as oferendas que são feitas ao Orí algumas merecem menção especial.
É o caso da galinha de Angola, chamada Etun ou Konkém no Candomblé; ela é o maior símbolo de individualização e representa a própria iniciação. A Etun é adoxu (adosú), ou seja, é feita nos mistérios do Orixá. Ela já nasce com Exú, por isso se relaciona com o começo e com o fim, com a vida e a morte, por isso está no Bori e no Axexê.
O peixe representa as potencialidades, pois a imensidão do oceano é a sua casa e a liberdade o seu próprio caminho. As comidas brancas, principalmente os grãos, evocam fertilidade e fartura. Flores, que aguardam a germinação, e frutas, os produtos da flor germinada, simbolizam a fartura e a riqueza.
O pombo branco é o maior símbolo do poder criador, portanto não pode faltar. A noz cola, isto é, o obi é sempre o primeiro alimento oferecido a Ori; é a boa semente que se planta e se espera que dê bons frutos.
Todos os elementos que constituem a oferenda à cabeça exprimem desejos comuns a todas as pessoas: paz, tranquilidade, saúde, prosperidade, riqueza, boa sorte, amor, longevidade, mas cabe ao Orí de cada um eleger as prioridades e, uma vez cultuado como deve ser, proporciona-as aos seus filhos.
Orixá começa com Orí.


“Para dar o Bori, o abiã passa por um processo de ‘limpeza espiritual” que chamamos de ebó ou sacudimento. Tudo com frutas, legumes, grãos, sementes e claro, cortando também para o Exu ou pombo Gira daquela pessoa; pois, é sempre bom lembrar que são os Exus que abrem as estradas. Depois de passar pelas ervas sagradas (amassi), faz-se então o fundamento e o abiã recolhe-se por 3 dias dentro da roça, não sendo ainda na camarinha, mas em um local sagrado, junto da Mãe Criadeira.

O bori também pede obrigações, como osé (limpeza), carinho, dedicação e “dar novas comidas a cada 1 ano (lembrando que muitos abiãs não completam 1 ano de bori, acabam partindo para a feitura de santo).


se assenta primeiro o Bori, representando Oxalá e Iemanjá e depois se concretiza o assentamento do Orixá daquele Iaô.



A cabeça de dois.

"Ori-Meji". Ori = Cabeça. Meji = dois. Assim, Ori-Meji =

Cabeça de Dois! Mas o que isso significa, hein? Significa que

a pessoa que tem o Ori-Meji tem dois Orixás como donos de sua cabeça.

O que NÃO seria um exemplo de Ori-Meji:

Eu sou de Oyá COM Ogun, e tenho Oxum como terceiro.

Oyá é a dona da minha cabeça, Ogum é meu juntó e Oxum

é o terceiro.

O que SERIA um exemplo de Ori-Meji:

Eu sou de Oyá E Ogum, e meu JUNTÓ é Oxum.

Assim sendo, tanto Oyá como Ogum são os donos da minha cabeça.

Outro exemplo: Eu sou de Oxaguian E Oxum, sendo Ori-Meji.

Algumas casas raspam metade do cabelo do Yawô Ori-Meji

para um Orixá, e a outra metade para o outro. Assim, se

fosse , raspariam metade da cabeça para

Oxaguian, e a outra metade para Oxum. Os dois Orixás que

são donos da cabeça podem vir em Terra em meu Ori.


Não se TORNA Ori-Meji, se NASCE Ori-Meji.



Preceito
após o Bori
Não comer carne vermelha
Não comer frios
Não tomar café
Não tomar coca cola
Evitar também frutas acida exemplo o abacaxi...
Não comer carne de porco nem seus derivados
Não passar debaixo de escadas ou arame farpado.
Procurar usar roupas de cor clara.
Cobrir a cabeça (lenço ou boné) para sair no sereno, sol, chuva, evitando também horas de pico 03Hrs, 6Hrs, 12Hrs, 15Hrs, 18Hrs, 00Hrs.
Não ir a cemitérios, hospitais, farmácias, bares, igrejas, salões de festas.
Não beber bebidas alcoólicas e jamais fazer sexos.
Não falar palavrões e pensamentos ruins.
Antes de dormir rezar e depois que for levantar-se também.
Não comer pimentas ou condimentos fortes como azeite de dendê, óleo de pequi.
Não sentar imediatamente quando uma pessoa se levanta.
Não cumprimentar pegando nas mãos ou abraçar pessoas durante o preceito.
Se for fumante evitar fumar em lugar fechado.
Não assobiar e nem estralar os dedos.
Evitar banhos muito quentes na cabeça.
Em caso de precisar ir a hospitais ou farmácias, após entrar em contato com seu zelador.
Quando morremos o Orí Inú retorna ao Orun juntando-se ao Orí Òde e ambos se desfazem aos pés de Olorun. Nossa memória, nossa energia contida, se juntará a nossa família de antepassados através do ritual de Axexe e toda a liturgia de liberação corpo/matéria – Energia/Orixá.
O Orí se comunica através de dois principais odús, Obará e Osá e, dois também são os Orixás que apadrinham o Orí: Oxalá na qualidade exclusiva de Babá Ajalá, o modelador de Orís e Yemanjá na qualidade exclusiva de Iyá L’Orí, a regência da Inteligência humana, ambos conferidos por Olorun.
Existem vários tipos de Eborí, e, em todos, o uso o Obí, fruto africano sagrado e fundamental. Para todo esse conceito, existem procedimentos básicos a se cumprir antes de se tomar um Borí: Estar conciente da necessidade de tomar um borí, uma vez que através do jogo, seu Orí se posicionou nesse sentido; estar convicto da indoneidade da casa e sua Raíz e Axé; Estar ciente do preceito propiciatório de quando se toma um borí; Estar confiante na mão do zelador e o seu comportamento e de seus filhos.
E para que tudo ocorra na mais perfeita consonância de energias, é necessário e importantíssimo que todos estejam concentrados e envolvidos, todos num só pensamento positivo, numa união consentida de entrega e troca de energias. As oferendas serão partilhadas promovendo o concílio de fé, seriedade e irmandade.
Respeita-se o Orí da pessoa que está tomando a obrigação, tal igual fosse o seu, rezas, cantigas entoadas, levan-nos a uma festa prazeirosa onde celebramos o Orí.



REZA




APÉ RÉ ORI Ô – Nos pedimos boa sorte ao Orí

ADA NIXE WE – por que a cabeça tem muita luta

MO JUBÁ BE O ORÍ O – eu lhe saúdo minha cabeça

ADA NIXE WE – que tem muito a fazer

A N LÉSÉ ORIXÁ. – aos pés do Orixá


Rezaa do dia
(quando o dia amanhecer)


Olo ojo oniObara meji, delogum.Obaraxé obaraji edemim.Olo ojo oniObara meji, delogum.Obaraxé obaraji edemim
Obs. louvar orixas antes do .........

Reza
Baba mi ecicam mojubare.Baba mi acarande mojubare.Guiam mi ecicam mojubare.Ia mi açocam mojubare.Ia mi ode.Olunte mojubare.Oxossi oram barue mojubareIa masse oro barue mojubare.Dada ajaká mojubare.Ia mei oxum mojubare.Ogum mojubare.

ORI














"KÓ SOOSA TÍÍ DANI GBÉ, LEYIN ENI ÒRÍ"
Nenhum Deus abençoa o homem, sem que sua cabeça o permita


Primeiro o que viria a ser um "Bòrí" ou Ebori? A cerimônia do Bori, diga-se de passagem a mais importante entre tantas, é o ato de dar comida, ou seja, alimentar o seu ori (cabeça). Na concepção candomblecista, ori é feminino, conhecida também como Iya Ori. Assim, o bori é alimentar aquilo que dá sustento a vida, a própria cabeça. Quando viemos ao Aye (terra), nós escolhemos o que vamos ser, daí aquela expressão: "Meu destino é esse". A essa escolha, feita no orun chamamos de Odu-Labori, que nada mais é que o destino que escolhemos para nós. Em um dos poemas de Ifá que relata sobre a função do Ori, precisamente sobre o Odu Ogunda, orumila revela que "enquanto dermos comida ao nosso Orixá, ele nos cobre e depois recolhe. Somente o Orixá ÒRÍ é capaz de nos levar ao infinito, até o final de nossa vida. Mesmo se nosso òrìsà está bem, só ficará tudo bem se o nosso Òri estiver também". Acima de nosso Orixá individual, está o nosso Òrì. ÒRÍ = força que orienta o que é bom ou ruim para cada pessoa, é individual. O ÒRÍ tem que ser respeitado, se a pessoa não aceitar é porque o seu ÒRÍ não está aceitando. Ainda sim, é relatado por Orumila que:
O ÒRÍ supera todos os orixás, o ÒRÍ é um Imole, ligado só para o bem (da pessoa),. O ÒRÍ é a nossa censura. O ÒRÍ não se trai, não se engana, é a nossa própria consciência (os valores mais puros). Isso vem explicar a índole de pessoas más, mesmo nascidas em famílias boas, independente da formação, pessoas sofridas que tem a capacidade de amar, odiar, etc...Partindo dessa concepção de ori, concluimos antes de qualquer procedimento de iniciação temos que agradar a ori e a forma de agradar e manter saudável um ori é atraves da cerimônia de Bori. Sendo assim, temos dois tipos básicos de bori: O que prepara a cabeça para para uma iniciação, ou seja, um pré-requisito em que primeiro se cuida de Iya Ori para depois cuidar do orisa pessoal, que para alguns chamam-no de "bori feitura". O outro é aquele que é feito para se cuidar de um problema que atinge a pessoa através do agrado a Ori, sem que haja necessidade de feitura.
Logo, o bori feitura, é o destinado a quem vai ser iniciado, pois é uma alimentação adequada e própria para iniciaçãop que o ori recebe. Lembrando que que para tanto, já é descrito por orumila tambem que só existem 6 (seis) bichos para o ori: pombo, peixe, pato, franga, galinha d’angola e o igbin.

Bí o bá máá lówó
Se você quer ter dinheiro
Bèèrè si òrì rè
Pergunte a seu òrì
Bí o bá máá sòwò
Se você quer ser reconhecido
Bèèrè si oríí rè wò
Pergunte antes a seu orí
Bí o bá máá Kolé
Se você quer ter casa
Bèère si oríí rè
Pergunte ao seu orí
Bí o bá máá láya o
Se você quer ter esposa
Bèère si oríí rè wò
Perguntes antes ao seu orí
Oríí máse pekun de Orí,
não me feche as portas
L’ódò rè ni mo mbó
Para você que eu sigo (eu vou)
Wá, sayáè mi di rere
Venha, faça meu caminho ser bom (próspero)

ORIN ÒRÌ
Òrì mi ò sérere fun mi
Meu orí faça o bem para mim
Òrì mi ò sérere fun mi
Meu orí faça o bem para mim
Òrì oka ni sanu oka
Òrì ejo ni sanu ejo
A cabeça da serpente não a maltrata
Afo mope ni sanu ope
A trepadeira da palmeira não a maltrata (parasita)
Òrì mi ò sérere fun mi
Meu orí faça o bem para mim


ÀDÚRÀ TI ORÍ
Orí ení kini sàka ení
Cabeça que está purificada na esteira
Orí ení kini sàka yan
Cabeça que está purificada na esteira caminha soberbamente
Orí olóore ori jè o
A cabeça do vencedor vencerá
A saka yìn ki ya n’to lo ko
A cabeça limpa que louvamos mãe permita que façam uso dela
A saka yìn ki ègbón mi gbè
A cabeça limpa que louvamos meu mais velho conduzirá
Ìta nù mo bo orí o.
Ar livre e limpo oferendo a cabeça

Ofo Olóojó Òní

Olóojó òní Ifá, mo júbà rè
Olú dáyé, mo júbà rè
Mo júbà omodé
Mo júbà àgbà
Bí èkòló bá júbà ilè
Ilè ó l’énun
Kí ìbá mi sé
Mo júbà àwon àgbààgbà méérìndílógún
Mo júbà bàbá mi (...Òrìsà rè)
Mo tum júbà àwon Ìyá mi eléeye
Mo júbà Òrúnmìlà, ó gbáayé, ó gbóòrun
Òhuntí mo bá wí lóojó òní
Kí ó rí béè fún mi
E jòwó, májé kí ònòn mi díì
Níìtorí yìí ònòn kò dí mòn ojó
Ònon kò dí mòn oògùn
Òhuntí a bá ti wí fú Ògbà, l’Ògbá ngbà
Ti Ekese ni sé láàwùjo Òwú
Olóojó Òní kí ó gbà òrò mi yèwò
Àsé!

Senhor e dono do dia Ifá, apresento-vos meus respeitos.
Senhor da terra, apresento-vos meus respeitos.
Meus respeitos aos mais jovens (novos).
Meus respeitos aos mais velhos.
Se a minhoca vai à terra respeitosamente,
A terra abre a boca aceitando-a
Que a bênção me seja dada.
Meus respeitos ao dezesseis mais velhos (Odú Àgbà).
Meus respeitos, meu pai...(seu Orixá)
Eu tomo a benção às minhas mães Senhora dos pássaros.
Meus respeitos, Orunmilá, aquele que vive na terra e vive no céu.
Qualquer coisa que eu diga no dia de hoje,
Que eu possa vê-la acontecer para mim.
Por favor, não permita que meus caminhos se fechem,
Porque os caminhos não se fecham para quem entende o dia,
Os caminhos não se fecham para quem entende a magia.
Qualquer coisa que eu diga para Ògbà, que Ògbà aceite.
Ìlákòse tornou-se o mais importante na assembléia dos caracóis,
Ekese tornou-se o mais importante na assembléia do algodão.
Senhor e dono do dia, que você aceite minhas palavras e verifique.
Que assim seja !

MUDE A SUA VIDA REZANDO ORI

Esta reza é para ser feita todas as manhãs, ou pelo menos 4 vezes na semana.
Ao acordar, pela manhã, bem cedo, não fale com ninguém.
Vá até o seu quarto de orisá, em frente ao Igbá de seu orisá fun fun (Obatalá).
Caso não tenha em casa, vá à uma área onde vc veja o Sol nascendo.
Coloque uma eniyn (esteira), caso não tenha, coloque um lençol branco.
Ajoelhe-se, de frente para o Sol.
Pegue um pouco de Gyn e bocheche, cuspindo para o lado. Não engula o Gyn.
Pegue um copo de água fresca.
Molhe o centro de sua cabeça e invoque ORI.
Ori oooooo. Ori oooooo. Ori ooooo.
E então proceda a essas Rezas.
Não é necessário rezar em Yorubá, mas pode rezar.
IRE O (BOA SORTE PARA VOCÊ)

OFÒ FÚN BIBÓ ORÍ (encantamento para propiciar a cabeça).

ÒRÚNMÌLÀ NÍ ODI ÈDÙN,
MO NÍ ODI ÈDÙN.
ÒRÚNMÌLÀ NÍ ODI ÈDÙN OKÀN,
MO NÍ ODI ÈDÙN OKÀN.
ONÍ TÍ EGBÉ ENI NBÁ LÓWÓ,
T’A ÀBÁ LÒWÒ,
Ò NÍ ORÍ ENI L’ÀÁ KÉPÈ.
ONÍ TÍ EGBÉ ENI BÁ À NSE,
OHUN RERE TÁÀBÁ RÍ OHUN RERE SE,
Ò NÍ ORÍ ENI L’ÀÁ KÉPÈ.
ORÍ MÌ, WÁ SE LÉ GBÈ LÉHÌN MI.
IGBA, IGBA, NÍ ORÒGBÒ NSO LÓKO;
IGBA, NÍ OBÌ NSO LÓKO .
IGBA, IGBA NÍ ATAARE NSO LÓKO.
IGBA , AJÉ KÓ WOLÉ TÓ MI WÁ.
OÒGÙN, ÀÌSÀN, EJÓ, WÀHÁLÀ,
IKÚ, ÀÍRÍJE, ÀÌRÍMU KÓ PÒÓRÁ .
TÍ EFUN BÁ WO INÚ OSÙN, ÁPÒÓRÁ .
KÍ GBOGBO WÀHÁLÀ MI PÒÓRÁ .
ÀWÍSE NÍ TI IFÁ, ÀFÒSE NÍ TI ÒRÚNMÌLÀ.
ÀBÁ TÍ ALÁGEMO BÁDÁ NI ÒRÌSÀ ÒKÈ NGBÀ.
KON KON NÍ EWÉ INÓN NJÓ,
WÀRÀ, WÀRÀ, NI OMODÉ NBO OKO ÈSÌSÌ.
ILÉ ÒGBÁ ÒNÒN Ò GBÁ NÍ TI ÀRÁGBÁ.
GBOGBO OHUN TÍ MO SO YÌÍ ,
KÍ ARÒ KÓ RÒ MÒ
ÀSE, ÀSE, ÀSE!

TRADUÇÃO

ÒRÚNMÌLÀ que fortifica os tristes,
Fortifique-me, eu estou triste.
Òrúnmìlà que fortifica o coração triste,
Fortifique o meu coração triste.
Senhor da comunidade, Aquele que é honrado e respeitado, é a cabeça de alguém cansado que invoca tua ajuda.
Senhor da comunidade, esteja conosco (me acompanhe),
Que as coisas boas nos encontrem, e que obtenhamos coisas boas, é a cabeça de alguém cansado que invoca tua a ajuda.
Minha cabeça, venha cobrir a casa e minha retaguarda.
Duzentos, duzentos, que orògbò cresça na floresta;
Duzentos, que obì cresça na floresta.
Duzentos, duzentos, que atare cresça na fazenda.
Duzentos, que o poder do dinheiro adentre minha casa.
Que as feitiçarias, as doenças, os problemas, as aflições,
A morte, a fome, a sede, desapareçam da minha vida.
Quando efun entra no osùn, ele desaparece.
Que todas as minhas aflições desapareçam.
Que a palavra de Ifá se realize, e a de Òrúnmìlà também.(como um canto)
E ao encontrarem Alágemo realizem-se através dos Òrìsà, que aceitam do alto.
A folha no fogo queima rapidamente, (que meus pedidos realizem-se assim).
Leite, leite, escorra para as crianças em quantidade, como é na Fazenda Èsìsì.
Que minha casa, meus caminhos, meus conhecidos se engrandeçam.
Que todos os meus votos façam desabrochar, e transformar-se para mim,
Afim de que ao nascer do dia eu encontre facilidades.
Assim seja!

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

AlFABETOS DE ENCANTOS












Alfabetos - símbolos de comunicação




A imagem acima é do chamado alfabeto dos Magos.

O Alfabeto dos Magos é uma variante mais moderna do hebraico utilizado na Cabala...esse alfabeto era muito utilizado principalmente em gnose e em rituais de magia cerimonial.


Há ainda mais três outros alfabetos mí­sticos, alem do Hebraico e do Alfabeto dos Magos, todos variações do utilizado na Cabala (o alfabeto hebraico)...


                           Alfabeto Celestial

A escrita Celestial é o alfabeto hebraico mais antigo. Foi usado pelos hebreus antes do período de exílio na Babilónia (sec. VI a.c.).
Tem 22 consonantes e é escrito da direita para a esquerda. Chamam-lhe alfabeto celestial por, diz a tradição, os seus caracteres terem sido vistos entre os astros do céu, pelos antigos sacerdotes hebreus...
Acerca da cabala hebraica, Agrippa escreveu: "There is also amongst them a writing which they call Celestial, because they show it placed and figured amongst the stars, no otherwise than the other astrologers produce images of signs from the lineaments of stars." Não incluiu qualquer ilustração, nem explicou o significado de tal afirmação.
Felizmente Jacopo Gafareli (1601-1681) também conhecido por Jacques Gaffarel, bibliotecário do Cardeal De Richelieu, escreveu um livro, no qual demonstrou com clareza do que Agrippa estava a falar:
- As letras celestiais têm de ser vistas no contexto actual das estrelas fixas, pois para este efeito não se movem, ou pelo menos não significativamente. O seu movimento, umas em relação ás outras é tão lento que, para o que aqui interessa, não é relevante. Cada letra do alfabeto celestial é uma constelação de estrelas, comparável ás constelações do zodiaco.
- Os nomes retirados das letras celestiais têm influências ocultas das estrelas, o que define a sua forma. Nos tempos antigos, cada uma das estrelas brilhantes fixas, possuiam a sua própria mitologia e significado mágico. Isto era entendido de igual forma na magia persa, sendo que os persas tinham grande renome na astrologia e astronomia. A magia persa associava inumeros significados esotericos ás estrelas.




Alfabeto Hebraico
Deus criou todas as coisas com números, peso e medida. Por isso os cabalistas dizem que cada numero contém um mistério que se refere à Divindade ou a alguma inteligência.
Os antigos rabinos e cabalistas explicavam: a ordem a harmonia e a influência dos céus sobre o mundo pelas 22 letras deste alfabeto.
Cada letra do alfabeto hebraico corresponde a uma ordem de inteligências ou espíritos.
                                  
Alfabeto Henochiano




domingo, 22 de setembro de 2013

HISTORIA DO BORI

Num jogo de Ifá, perguntaram a ÒRÚNMÌLÁ:


Quem seria capaz de nos levar ao Infinito? (infinito = caminho da vida da pessoa).

SANGO disse que quando chegasse a OYÓ e lhe dessem certas comidas, ele satisfeito voltaria à sua casa, abandonando a pessoa. Perguntaram o mesmo a OYÁ, e ela respondeu, que quando chegasse a qualquer cidade e lhe dessem certas comidas, ela satisfeita voltaria para casa.

Resumo: enquanto dermos comida ao nosso Orixá, ele nos cobre e depois recolhe.

Perguntaram de novo a IFÁ e ele respondeu que Òsàlà e ele respondeu que quando chegasse à cidade de Ifé, comesse, aí então ele ficaria satisfeito e voltaria para casa. Se nem Òsàlà é capaz de nos levar ao Infinito, então, quem é capaz?

Resposta: só Lebara.

Perguntaram a ÈSÙ: "- Se você caminhar, caminhar e chegar a Keto, e lhe derem 1 galo no dendê ? Ele respondeu: – Comia e quando estivesse satisfeito voltaria para minha casa. Voltaram e perguntaram de novo a Ifá:

"- Então, ninguém é capaz de nos levar ao Infinito? Quem será? Tal conhecimento, tal sabedoria, quem a tem?

IFÁ respondeu."- Somente o Orixá ÒRÍ é capaz de nos levar ao infinito, até o final de nossa vida." Se uma pessoa morrer, despachamos tudo referente ao Orixá, mas, o que sempre ficou foi o ÒRÍ.

Conclusão: Mesmo se nosso òrìsà está bem, só ficará tudo bem se o nosso Òri estiver também. Primeiro damos comida a Òri no borí, e depois ao orixá. Não há orixá raspado errado, desde que o òri aceitou. Acima de nosso Orixá individual, está o nosso Òrì. Damos ao òrì cera (caroço de algodão), obi, água. Existem apenas 6 bichos para Òrì: pombo, peixe, pato, franga, galinha d’angola e o igbin; apenas um bicho vai ao ori, os outros serão colocados apenas na tigela. O ejé (sangue) de pombo branco, só se for muito importante, necessário, senão estaremos ofendendo Olodumare.


Lenda de Òrúnmìlá

Quando Òrúnmìlá se cansou de viver na terra e da incompreensão dos homens, resolveu ir para o Òrún, mas antes, deu a cada um de seus 8 filhos, 2 caroços de dendezeiro (IKIN), e disse a eles, que quando precisassem, bastava que jogassem os IKIN e teriam as respostas. Deixando claro que o mais importante, era que eles se unissem, assim como o grupo deverá se manter unido.

ÒRÍ – força que orienta o que é bom ou ruim para cada pessoa, é individual. O ÒRÍ tem que ser respeitado, se a pessoa não aceitar é porque o seu ÒRÍ não está aceitando. Deve-se verificar o que acontece no jogo.

Cada um recebe seu ÒRÍ de AJALÁ (é um Imole), antes de vir para o AIYE, passa por um "estágio".

O ÒRÍ supera todos os orixás;

O ÒRÍ é um Imole, ligado só para o bem (da pessoa);

O ÒRÍ é a nossa censura;

O ÒRÍ não se trai, não se engana, é a nossa própria consciência (os valores mais puros). Isso vem explicar a índole de pessoas más, mesmo nascidas em famílias boas, independente da formação; pessoas sofridas que tem a capacidade de amar, odiar, etc…



ÌPÁKO – Òrí

IKOKO ÒRÍ – Poente

ÀPÁ OTUN ÒSU ÀPÁ OSI

(direita do aiye) Voduka (esquerda do aiye) centro cabeça

ojo òrí – Nascente

Os quatros pontos do Universo

A. Ìyo – Òrún – nascente – Leste

B. Ìwo – Òrýn – o poente

C. Òtù Àiye – a direita do mundo – Norte – Ariwa

D. Òsi Àiyè – a esquerda do mundo – Sul – Guzú
Correspondente ao Ser – humano

A – Òrí – cabeça – o nascente – o nascente – o futuro "`orí inu"

{ Odu – destino – òrísà – genitor divino e material – origem – Esú individual Bara

B – ESE – pé direito – ancestrais masculinos

{ pé esquerdo – ancestrais femininos

C – lado direito – elementos masculinos

D – lado esquerdo – elementos femininos

Durante o eborí, sendo os pais falecidos, usar 2 acaçás de cima para baixo na direção das juntas, não esquecendo de colocar as falas do Obi (parte de baixo).

Tudo que existe de adverso ao homem na natureza, os AJÉS, por exemplo, se personifica nos pássaros,ELEYE, que numa imprecisa tradução cultural do Ocidente, identifica com as "bruxas". O AJÉ também é uma forma de AJOGUN (o inimigo); que é identificado por personalidade que traduzem realidade materiais como oIKU (a morte); o EGBA (enfermidade); o OFÓ (perda de bens); ARUN (loucura), etc… Como se pode ver os conceitos Yorubá, partem do real, do material, para formar a sua idéia geral do mundo. ÈSÚ, como dono doÀSÉ (ONI ÀSÉ), força, magia, arma o ÒRÍ do poder de recusa a ordem, de estabelecer a desordem criativa, tese premissa da antítese necessária à nova síntese estruturante.

Ori é um importante conceito metafísico espiritual e mitológico para os Yorubás, identificado no jogo do merindilogun pelo odu ossá.
Ori, palavra da língua yoruba que significa literalmente cabeça, refere-se a uma intuição espiritual e destino. Ori é o Orixá pessoal, em toda a sua força e grandeza. Ori é o primeiro Orixá a ser louvado, representação particular da existência individualizada (a essência real do ser). É aquele que guia, acompanha e ajuda a pessoa desde antes do nascimento, durante toda vida e após a morte, referenciando sua caminhada e a assistindo no cumprimento de seu destino.
Ori em yoruba tem muitos significados – o sentido literal é cabeça física, símbolo da cabeça interior (Ori Inu). Espiritualmente, a cabeça como o ponto mais alto (ou superior) do corpo humano representa o Ori, não existe um Orixá que apóie mais o homem do que o seu próprio Ori.Enquanto Orixá pessoal de cada ser humano, com certeza ele está mais interessado na realização e na felicidade de cada homem do que qualquer outro Orixá. Da mesma forma, mais do que qualquer um, ele conhece as necessidades de cada homem em sua caminhada pela vida e, nos acertos e desacertos de cada um, tem os recursos adequados e todos os indicadores que permitem a reorganização dos sistemas pessoais referentes a cada ser humano.
Ajalá é responsável pela modelação da cabeça humana, e acredita-se que o Ori e o Odu – signo regente de seu destino que escolhemos, determina nossa fortuna ou atribulações na vida. O trabalho árduo trará, ao homem afortunado em sua escolha, excelentes resultados, já que nada é necessário dispender para reparar a própria cabeça. Assim, para usufruir o sucesso potencial que a escolha de um bom Ori acarreta, o homem deve trabalhar arduamente. Aqueles, entretanto que escolheram um mau Ori têm poucas esperanças de progresso, ainda que passem o tempo todo se esforçando. O Ori, entidade parcialmente independente, considerado uma divindade em si próprio, é cultuado entre outras divindades, recebendo oferendas Ebori, e orações, Ori é o protetor do homem antes das divindades.Igba ori, ou ibá ori o é o nome do assentamento sagrado da cabeça de um individuo na cultura nago vodun, identificado no jogo do merindilogun pelos odu ossá.

Cada igba ori é uma representação material e imaterial de um individuo, captando constantemente energias oriundo da natureza para equilibrar a mente do seu adeptos e crentes. É considerado o primeiro orixá da existência (a essência real do ser). Deve ser assentado e louvado antes de qualquer outro Orixá depois de exu no ritual de Bori, pois só ori permite a compreensão e o transe.

O assentamentos de ori são sempre visto em recipientes de: Porcelana (Variedade de cerâmica dura, branca e translúcida), usado principalmente por iniciantes na feitura de santo. Vaso de cristal (Vidro muito límpido e puro), usado por Babalorixás, Iyalorixás e pessoas de cargo.

Dentro dos recipientes são colocados apetrechos e fetiches inerente a cada Ori (Yoruba), geralmente uma pedra de cristal de rocha com limpidez e transparência, e dezesseis búzios, tudo conservado em água de chuva ou mineral. Na preparação de qualquer assentamento de orixá os rituais da sasanha, folha sagrada e água sagrada são imprescindíveis.

Nota: Todos assentamentos (igba orixá), devem ser preparados e sacralizados em rituais próprios por Babalorixas ou Iyalorixas.

O BORI é o ritual que harmoniza o ORI, dando assim a possibilidade de
transformar um " ORI BURUKU" em "ORI RERE".
È através do Jogo de Búzios que o Babaloorisá recebe as instruções para
realizar este ato (BORI) ritualístico que possibilitará não só a mudança da
sorte como também a manutenção da mesma, para que não se a perca.
É o BORI que diminui a ansiedade, o medo, a dor e a tristeza trazendo a
esperança, alegria e a harmonia.
Desta forma, o BORI é uma das oferendas mais importantes que visa o bem
estar individual no Candomblé.
O Ritual de Bori é muito sério, complexo e profundo. Por isso, o sacerdote
deve ter grande conhecimento e respeito em relação à questão do Ori e da
evolução humana. Ori é o Orisá mais importante na vida de um homem, uma vez
que, sem ele, o homem simplesmente não existiria. Ori significa,
literalmente, cabeça e é, misticamente, o primeiro Orisá a ser cultuado. É
ele o portador do destino humano.
O Ritual de Bori independe de qualquer processo iniciático e independe do
culto aos outros Orisás.(variando assim de casa para casa,mas,sem fuigir da
finalidade em si) Seu objetivo é o de alimentar o Ori, seja qual for o sexo,
raça, profissão, idade, nível social da pessoa. Com este ritual busca-se o
equilíbrio através da ação do Ori, condutor do destino pessoal. Muitas vezes
se realiza um Ritual de Bori com o objetivo de afastar o mal do caminho da
pessoa, o que não significa que, retirada esta ameaça nenhum outro mal possa
ocorrer. Assim sendo, o Ritual de Bori não tem "prazo de validade", não tem
freqüência determinada (anual, semestral, mensal, etc.), devendo ser
repetido sempre que se mostre necessário.
O Odu manifestado através do" jogo" é que determina a necessidade de
realização do Bori e indica quais materiais devem ser usados. Há dois tipos
de Bori:
Aquele que é considerado pré-requisito para uma iniciação, ou seja,
primeiramente se alimenta o Ori, divindade pessoal, para a seguir alimentar
outros Orixás.
2) Aquele realizado a fim de buscar a solução de um problema que aflige a
pessoa através do alimento oferecido ao seu Ori, sem que haja necessidade de
iniciação.
O local mais apropriado para realização deste Ritual é a casa do sacerdote.
Este deve Ter bom senso quanto a necessidade de recolhimento. Se o Bori for
acompanhado de Eje, é recomendável o recolhimento como meio de repouso e
proteção, pois o Ori que está sendo venerado não deve receber energia do sol
nem do sereno. O recolhimento evita, ainda, que a "sombra daquele que passou
pelo Bori seja pisada."
O sacerdote deve saber que durante este Ritual a pessoa somente poderá
entrar em transe no momento que seu Orisá for louvado. Deve conhecer a
finalidade e o significado de cada material que usa. Omi e Obi, por exemplo,
são elementos indispensáveis no BORI. Omi, a água, representa paz,
abundância e fertilidade enquanto o Obi é usado para aplacar a fúria das
adversidades, alimentar e agradar as divindades.
O jogo DE Búzios determinará, através de Odu, que material deve ser usado no
Bori e este material poderá ser desde apenas um copo d’água e um Obi até uma
oferenda bem grande.
ORI RERE = ORI de sorte = Cabeça de sorte, cabeça iluminada
ORI BURUKU = ORI sem sorte = Cabeça sem sorte, confusa, insegura…
ORI INU = "Cabeça Interna"
É o ORI NU que gerencia a cabeça física do homem.
É o oriSá mais importante do ser humano, pois ele é ÚNICO, cada pessoa tem o
seu.
É Ele quem conhece e está ligado ao destino de cada indivíduo, conhece e
sabe das suas restrições, das suas fragilidades , das suas potencialidades.
É no ORI que se encontra a ferramenta para a solução dos nossos problemas…
Quando estamos em harmonia com ele, superamos os obstáculos mais facilmente
e assim, certamente conectados à positividade interna e à dinâmica perfeita
da natureza, encontramos a vitória e o sucesso na consecução dos nossos
objetivos pessoais….

terça-feira, 17 de setembro de 2013

REZA PARA EXU




Este ADURA é para pedir proteção a Exu e abrir nossos caminhos. Este Adurá é tão simples e lógico que é bom memorizá-la e fazer dela nossa oração diária, bastando para isso rezá-la mastigando pimenta da costa 9 (nove) se for homem e 7 (sete) se for mulher. Faça esta oração e depois cuspa para frente a pimenta mastigada na boca.
Exu Oni bodê Orum

Oxeturá eni omo iá eni o mo babá

Ti Adi toju bi omo Elegbara iuô la pe loni uá loni i bi omo ti njé

Iá re uara nitori rogbô diã ilê aiê po jojô ogum ni uá

Ogum lehim ilê aiê ogum ojô jumo ogum

Ati iê to mu olomo ki o ma mo omo re to mu ore di otá arauom

To mu eni du ipo omo lakeji to jeki a fé oju mo nkã eni

Auá bebê fum abó re Exu Lalu uá gbô orô ati laroiê

Uá so uá babá njadê lo so uá ti a pá padá uá le uá ki ogum

Aiê ma le riuá gbe se Exu olo na onã ti Exu ba si enikã ki di uá si onã fun

Uá eniti Exu ba si onarê lo segum aiê se uani olussegum ki otá

Ma leri na gbe se eni onã re ba si pereguedê loni alafia babá orô Exu Odara da abó re bouá loni

Axé axé axé."



                                        Tradução

Exu guardião do Orum

Oxeturá, aquele que não conhece sua mãe, aquele que não conhece seu pai

Mas que recebeu todo cuidado de Adi, O dinâmico. É você que estamos chamando, venha nos atender hoje assim que o filho atende sua mãe

As intrigas deste mundo estão demais

A guerra está na frente, a guerra está atrás de nós

O mundo é uma guerra diária A guerra de sobrevivência

Que fez os pais desconhecerem seus filhos Que fez os amigos virarem inimigos Que fez pessoas tomarem o lugar dos outros

Que fez com que colocassem olho grande em nossas coisas Nós estamos pedindo a sua proteção Exu, o ouvidor, Venha ouvir nossas palavras e reivindicações

Proteja-nos ao sairmos de casa Proteja-nos ao voltarmos para casa, que a guerra deste mundo não consiga nos vencer Exu o dono dos caminhos

O caminho que Exu abre ninguém é capaz de fechar, venha abrir nossos caminhos

Aquele a quem Exu abrir os caminhos será o vencedor na guerra da vida Faça de nós vencedores Que o inimigo não consiga nos vencer

Aquele que tem seus caminhos abertos Terá saúde, o pai de todas as riquezas Exu o imprevisto venha a nos proteger hoje com todas as forças axé.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

MAGIA






                              FAZEMOS MAGIA!


Todo ser pensante é um mago! Além disso, um mago não é alguém que faça o mal ou que necessariamente esteja sintonizado a valores morais deturpados. Mago é qualquer ser que aplica sua vontade pessoal (intenção) somada a seu pensamento focado, na direção de algum objetivo ou propósito. 

Nesse esclarecimento é bom que entendamos que um padre é um mago, um pastor, um monge, um espírita, um reikiano, um psicólogo, um cético, um político, um executivo, uma dona de casa, eu, você... Todas as pessoas que se dedicarem a concentrar um pensamento e uma vontade na direção de algum objetivo, estarão fazendo magia. O que define o tipo de magia é a maior ou menor aptidão do mago, bem com o seu padrão moral. Se os objetivos forem egoístas, sintonizados com os valores deturpados ou destituídos de moral, então teremos a produção da magia negra. Por outro lado, se os objetivos forem altruístas, voltados ao bem maior e sintonizados nos padrões morais mais elevados, então teremos a representação exata da magia divina, magia de luz ou magia branca.




QUAL MAGIA VOCÊ FAZ, BRANCA OU NEGRA?

Como controlamos esse processo?


Controlando e melhorando o que somos e o que pensamos, entre outras palavras, “orando e vigiando”!

A magia é manipulação de forças mentais aliadas à vontade de cada ser, ou seja, é a resultante da energia da intenção somada a do pensamento. Dessa forma, todos somos magos! 

O termo mago pode até não agradar muitas pessoas, contudo, precisamos deixar claro que ele serve para denominar todo ser humano que foca um pensamento e um desejo no sentido de realizar seus objetivos.

No passado, em antigas escolas de mistérios de civilizações que se destacaram na história da humanidade, um seleto grupo de pessoas foi submetido a rigorosos treinamentos no uso da magia nas suas mais diferentes variações e linhagens. Quando os ensinamentos dessas antigas escolas foram utilizados para o Bem Maior, o homem produziu incríveis benefícios para a humanidade. Quando esses mesmos ensinamentos caíram nas mãos de pessoas egoístas e ainda despreparadas para entender os ensinamentos do Cristo, então grandes atrasos conscienciais se instalaram, além de grandes conflitos com grandes proporções.

Atualmente, grande parte da população tem a crença que quem faz magia é do mal e quando ouvem essa expressão, imediatamente entendem que o termo só é utilizado por seres ligados ao universo maligno.

Quando você reza, você faz magia! Quando um casal planeja gerar e criar um filho, faz magia! Quando você sonha com um novo carro e mais tarde conquista, faz magia! Quando você reclama da vida, se lamenta e critica tudo ao seu lado, faz magia! Quando você assiste o noticiário policial e sofre com as ocorrências e crimes, faz magia! Quando fala mal de outra pessoa, faz fofoca, faz magia!



Quando você faz sexo casual apenas com o foco em saciar desejos mais primitivos, faz magia! Quando você faz amor com a pessoa amada, que é de um relacionamento estável e sincero, faz magia! Quando você deseja o mal de outros, faz magia! Quando deseja o bem de outros, faz magia! Quando mantém seu pensamento negativo, faz magia!

Tudo é magia, entretanto se é branca ou negra, quem define é a pureza, o amor da intenção e a base moral do mago! Essa é a lei, esse é o ingrediente secreto da magia.

O que determina a força maior ou menor de uma magia é atenção focada ao objetivo. Quanto mais atenção ao assunto, quanto mais concentração mental e dedicação, maiores, mais intensos e mais precisos serão os resultados. Atualmente remanescem muitos estudos com o objetivo de busca de conhecimento acerca do termo, entretanto ainda existem aqueles indivíduos que insistem em exercer a magia com objetivos egoístas, insensatos ou até malignos. Para esses, que fique o alerta que no universo nada passa despercebido e que cada um colhe o que planta.

Mas não podemos nunca generalizar - pois esse é o grande erro da humanidade - já que incríveis curas e feitos foram alcançados pelo poder da magia. Então que tenhamos consciência que somos todos magos e que devemos focar nossos atos no sentido do Bem Maior, fazendo ao próximo somente o que queremos que nos seja feito!


SER FELIZ OU TRISTE É RESULTADO DE MAGIA

Ter saúde, alegria e plenitude é resultado de magia branca feita por nós mesmos, somada as que aceitamos de terceiros!

Ter doenças, depressões, mágoas, medos, inseguranças e neuroses é resultado de magia negra feita por nós mesmos, somada as que aceitamos de terceiros!

Dedicação, atenção e esmero são os aditivos necessários para a magia, mas o ingrediente especial é o Padrão moral do indivíduo, pois só ele é quem determina se a magia será branca ou negra. Muitos estão fazendo magia negra sem perceber, porque estão alienados!

Que DEUS nos ilumine,e a grande Deusa nos abençoe.




domingo, 8 de setembro de 2013

O SANTO GRAAL













É uma lenda que atribui poderes divinos a um cálice sagrado, que teria sido usado por Jesus na última ceia. Essa, porém, é uma versão medieval de um mito que surgiu muito antes da Era Cristã. Na Antiguidade, os celtas - povo saído do centro-sul da Europa e que se espalhou pelo continente - possuíam um mito sobre uma vasilha mágica. Os alimentos colocados nela, quando consumidos, adquiriam o sabor daquilo que a pessoa mais gostava e ainda lhe davam força e vigor. É provável que, na Idade Média, tal história tenha inspirado a lenda "cristianizada" sobre o Santo Graal. Na literatura, os registros pioneiros dessa fusão entre a mitologia celta e a ideologia cristã são do século 12. "As lendas orais migraram para textos de cunho historiográfico, desses textos para versos e dos versos para um ciclo em prosa", diz o filólogo Heitor Megale, da Universidade de São Paulo (USP), organizador do livro A Demanda do Santo Graal, que esmiúça esse tema.




Ainda no final do século 12, o escritor francês Chrétien de Troyes foi o primeiro a usar a lenda do cálice sagrado nas histórias medievais que falavam sobre as aventuras do rei Artur na Inglaterra. A partir daí, outros autores, como o poeta francês Robert de Boron, no século 13, reforçaram a ligação entre os mitos do cálice e do rei Artur descrevendo, por exemplo, como o Santo Graal teria chegado à Europa. Foi Boron quem acrescentou um outro nome importante nessa história: o personagem bíblico José de Arimatéia. Nos romances de Boron, Arimatéia é encarregado de guardar e proteger o Santo Graal. Apesar das várias referências cristãs, essas histórias não são levadas a sério pela Igreja Católica. "O cálice da Santa Ceia tem o valor simbólico da celebração da eucaristia. Já seu poder mágico é só uma lenda", diz o teólogo Rafael Rodrigues Silva, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Poderosa ou não, o fato é que essa relíquia cristã jamais foi encontrada de fato.
A jornada do cálice Romances medievais contam que, de Jerusalém, ele teria sido levado para a Inglaterra

1. Em Jerusalém, durante a última ceia com os 12 apóstolos, Jesus Cristo converte o pão e o vinho em seu corpo e seu sangue - esse sacramento, denominado eucaristia, é um dos pontos máximos dos rituais cristãos. O cálice usado por Cristo nessa ocasião é o chamado Santo Graal





2. Após a última ceia, Jesus é preso e crucificado. Um judeu rico que era seu seguidor, José de Arimatéia, pede autorização para recolher o corpo e sepultá-lo. Antes, porém, um soldado romano fere o corpo de Cristo para ter certeza de sua morte. Com o mesmo cálice usado por Jesus na última ceia, José de Arimatéia recolhe o sangue sagrado que escorre pelo ferimento

3. Após sepultar o corpo de Cristo, José de Arimatéia é visto como seu discípulo e acaba preso, sendo recolhido a uma cela sem janelas. Todos os dias uma pomba se materializa no local e o alimenta com uma hóstia. Mesmo após ser libertado, Arimatéia decide fugir de Jerusalém e ruma para a atual Inglaterra na companhia de outros seguidores do cristianismo. Ele cruza a Europa levando o Graal

4. José de Arimatéia funda a primeira congregação cristã da Grã-Bretanha, onde se localiza a atual cidade de Glastonbury. Nos romances medievais, nessa mesma região ficava Avalon, o lugar mítico que guardaria depois o corpo do rei Artur. Arimatéia prepara uma linhagem de guardiães do Santo Graal, pois o cálice dá superpoderes a quem o possui. Seu primeiro sucessor nessa missão é seu próprio genro, Bron

5. Com o tempo, o Santo Graal e seus guardiães se perdem no anonimato. Quem tenta reencontrar o objeto é justamente o rei Artur, que tem uma visão indicando que só o cálice sagrado poderia salvar sua vida e também o seu reino de Camelot - que ficaria onde hoje há a cidade de Caerleon, no País de Gales. Leais companheiros de Artur, os cavaleiros da Távola Redonda saem em busca do cálice, sem jamais encontrá-lo
Monarca fictício Histórias sobre o rei Artur se popularizaram no século 12

A cultura celta foi o ponto de partida não só do mito sobre o cálice sagrado, como também do personagem que tornou o Santo Graal popular no mundo inteiro. A criação do lendário rei Artur pode ter sido inspirada num homem de verdade, um líder celta, que teria vivido na Inglaterra por volta do século 5. Mas foi só a partir do século 12 que os primeiros textos com as aventuras de Artur e sua busca pelo Graal fizeram sucesso.
Formas imaginárias O objeto já foi descrito das mais diferentes maneiras

Simples e redondo 


A primeira vez que ele aparece num romance medieval é em Le Conte du Graal ("O Conto do Graal"), do francês Chrétien de Troyes, no século 12. Ele é descrito não como um cálice, mas como uma tigela redonda e simples

Luxuoso e talhado 


Em outros textos, que permanecem de autoria desconhecida e são datados entre os séculos 12 e 13, o Graal aparece na forma de um cálice bastante luxuoso, talhado em 144 facetas incrustadas de esmeraldas

Divino e intocável 


Em The Queste Del Saint Graal ("A Busca do Santo Graal"), texto do século 13 creditado ao francês Robert de Boron, o cálice é descrito como um objeto divino sem forma. Somente alguém puro e casto poderia tocá-lo